Às vezes acontecem
esses dias de chuva, e é no frio que eu me ajeito, que eu mantenho o
corpo quente, que eu mantenho o coração forte.
Dia desses me perguntei
sobre o amor e não soube responder, foi quando percebi que agora sim
sabia muito sobre ele. O amor não é egoísta, não tem
impulsividades, não tem dúvidas. O amor chega fim de tarde num dia
de domingo quando você acha que mais nada poderia acontecer, o amor
acorda meio desajeitado e faz o café, se instala, se mostra, não
parte jamais.
Me lembrei dos olhos
dela, e ela voltou a me dar paz, eu vi nela novamente a mulher que
amo, eu sempre vejo nela a mulher que amo, mas vejo ainda mais quando
me deixa seguro, quando fala de um amor inabalável, quando sabe
realmente o que temos.
Eu senti falta daquele
cheiro de mar misturado ao cheiro dela, já era março, e em um março
passado eu a descobri por inteira, eu descobri aquele cheiro, aquele
beijo. Eu descobri meu lugar.
Eu já havia andando
por aí, descalço, sabendo ser menino. Eu cresci tanto nesses
últimos meses, eu venho crescendo desde sempre, mas não tanto
quanto com você, menina.
Tem dias que choro
desconsertado essa falta que me faz, mas depois acabo por sorrir um
sorriso sincero, cheio de amor, inundado pela saudade. Você é parte
indispensável de mim, perto ou longe.
Te escrevo essas
palavras com o choro preso na garganta e o sorriso escapando entre os
lábios, olhos marejados de saudade, sorriso estampado pela
felicidade de te ter, aqui dentro, todos os dias.
E pra quem tinha a
impressão de um dia já ter amado, eu pareço um tanto diferente. Eu
nunca amei antes de você, talvez tenha tido só a vaga impressão.
Hoje é dia 17, é
março, o ano não importa tanto assim, choveu o dia todo e eu estou
aqui, pensando em você, pela décima oitava hora e meia deste dia, o
tempo todo, incansável. Seu.
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