segunda-feira, 15 de junho de 2015

E entre tantas linhas, você.

Sou eu o teu amor. O teu amor errado, cheio de defeitos, um pouco explosivo às vezes, tão calmaria em outras vezes. Eu sou o menino que chora desesperado às tantas horas da manhã aquele medo de te perder, dependente de você até o último fio de cabelo que se faz de independente pra não perder o encanto.
Eu te espero todos os dias no portão, bem cedo cheio de sono, com o mesmo moletom, com o mesmo sorriso matinal. Até quando sei que você não vem.
Eu já tive tantos medos, entre eles o mais dolorido é aquele que chega quando eu perco o sono, quando você está tão longe, quando as horas da sua vinda parecem não passar. Quando eu digo coisas pesadas e quase te perco, quando eu me arrependo e não consigo te ligar, no meio da noite, coração na mão, e mesmo sabendo que você relevou e não está chateada. Eu durmo chateado por não poder te pedir desculpas. Às vezes nem durmo.
Eu sou o teu amor certo, eu te protejo do mundo entre os meus braços, você é aquela minha mulher dos sonhos, você é a minha menina.
Eu não sei quantas vezes disse coisas que não queria dizer nesses últimos dias, mas eu ando tão perdido enquanto você não vem. Eu já rasguei o coração diversas vezes na esperança de que dor maior estancasse o sangue da tua falta. Fui infeliz em não conseguir que isso ocorresse. Fui infeliz também por tentar.
Eu aprendi que quando me machuco de proposito também acabo ferindo você, e é aí que sou injusto, sujo, errado. Eu sou o bom menino que tem um mundo de sonhos pra realizar do teu lado, eu sou o badboy de mim mesmo, e consequentemente de você.
Eu não quero que os sorrisos se apaguem no fim dessa tarde, o sol ainda nem se foi, e eu preciso que você fique e atravesse a noite, que fique pro café e pra outra tarde dessas. Em todas elas, pra sempre. Mas pra isso pra isso eu preciso voltar ao portão com esse sorriso matinal e te esperar chegar, vestir o mesmo moletom e me encostar no portal até o dia em que avistarei teu carro virando a esquina e eu possa abrir pra você as portas do meu mundo real. E aqui menina, eu sou o mocinho e não vilão. Você sabe.

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