quinta-feira, 24 de setembro de 2015

É só tentar.

Não é por acaso que caminho assim, meio sem jeito, no fim desta tarde de primavera, tão atordoado com o que mudou -tanta coisa mudou- mas feliz por ter mudado. Ruim é quando as coisas não mudam, inclusive o jeito da gente caminhar, de pensar, de sentir. Talvez eu entenda melhor sobre tudo isso.
Há tempos não escrevo, não é falta de vontade, são turbilhões desconexos que nas linhas viram confusão, há tempos não escrevo de tanto querer escrever, é contraditório, assim como a minha história que você não conhece, assim como o que ocorre longe destas linhas, me deixe explicar: Se naquele fim de tarde chorei desesperado a falta de mim mesmo era porque tinha minhas razões, e se me encontro no fim da noite de uma primavera, com aquele mesmo sorriso, é porque devo ter encontrado alguma parte perdida de mim, daquelas que faziam falta.
Aquela mulher que caminha comigo, vezes de mãos dadas, vezes no meu colo, tem sido como uma gangorra, que me mostra quem eu sou e quem eu quero ser, de longe eu pareço mais forte que ela, de perto ela vem aprendendo a ser mais forte que eu. Estamos aprendendo juntos.
Eu já não ligo pra muitas coisas, e o sono é uma coisa tão normal, já não o perco em demasia, já não o encontro por teimar, virou amigo fácil, tem me feito bem sonhar.
Talvez seja a hora de achar normal tudo isso de ser diferente, penso que todo mundo deveria ser assim, mas não é só pensar, é ir, abrir as portas, se sentar para esperar o que que vai dar. Ser feliz é um plano audacioso, que exige muita coragem, muita vontade. E eu, você, todos nós podemos, é só tentar.


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