Quem é você? A quantas anda nessa imensidão de não ditos? De desejos vez ou outra reprimidos e em outras noites tão explícitos? Quem é você senão minha própria vontade desnuda em frente ao espelho?
Quem sou eu que nessas noites desejo de você os mais carnal dos sentimentos. Pele que em pele queima até se desfazer, pele em pele que arde com o toque ou a possibilidade dele. Quem é você senão meu próprio eu inverso, transverso, nu?
Você é dessas mulheres, essas que eu não entendo, cheia de sins e nãos repentinos. Que arde dentro de si mesma lutando contra o que não tem conserto.
Sou eu o vão escrevedor de histórias carnais, promíscuo, insensato, carnal.
Queria eu noite dessas te trazer pra um sonho, e nesse sonho te despir por inteiro. Assim, apressado. Fazer do teu corpo o meu lugar. Onde por inteiro te devoro com a força de todo o meu desejo, te beijo a boca e os seios como se não existisse mais nada além do teu corpo nu, crú, quente.
Eu quero que os gemidos mais profundos sejam só pra mim. Mil vezes só meus. Não me intessa a quem você pertenceu antes ou se ainda pertence a alguém. Só quero que me pertença nessas noites onde o mundo não interessa.
Eu quero o teu prazer como troféu, e eu sei que corro o risco de querer sempre mais. No fundo não interessa se essa história acaba depois que os corpos se vestem. Só interessa que nus eles se pertencem, se tem, se violentam.
E é disso que são feitas grandes histórias afoitas, daquelas que a gente nunca esquece. São feitas de doses e mais doses desses ditos, que de manhã, ainda com seus seios em mãos eu posso contar.
sábado, 30 de abril de 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário