quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Aquele dos dias.

Provei a mim mesmo que era capaz. Abracei meus medos e caminhei por horas. Eu tinha no peito um aperto estranho, mas eu tinha aprendido a me conter.
Andava meio de lado, com o olhar fixo em alguma coisa, que eu não me lembro bem o que era. Na verdade eu estava olhando pra dentro de mim.
Eu ando cansado dessas coisas, do desgaste que essas tempestades trazem. Eu ando meio cansado dessa gente superficial, dessas coisas que me incluem na superficialidade delas. Eu sou só um menino, sorriso claro, coração limpo. Eu não consigo odiar ninguém, inclusive.
Aquelas mulheres, meu caro, não me preenchem em nada. Nem na vontade, nem no momento. Até isso já passou.
Entre as coisas que já passaram, é importante frisar que esse aperto no peito, que não chega a ser doloroso não é o amor, nem falta dele. Esse aperto é só algo me dizendo que seria melhor se ele carregasse algo bonito, e melhor, seria melhor se ele tivesse algo bonito, grande, limpo. É só algo que diz que não interessa, se ele já teve medo, não tem mais. Mas ele tem outras coragens agora.
Olhe só, menina, eu sou aquele dos dias frios, o sossego da tarde turbulenta. A tubulação da segunda-feira. Eu sei fazer bagunça e acalmar o seu coração. É só você querer!

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