Eu não me importo, na verdade tanto faz quantos cigarros eu acendi pra poder enfrentar o dia. O café que em vez de me concentrar acabou por me deixar ainda mais agitado. As drogas licitas que me socorrem, o peso no peito, aquela história antiga que ainda me afeta.
Na verdade tanto faz se eu sou aquilo que desejei ou se me perdi pelo caminho, eu sempre me perco de alguma maneira, eu me atrapalho, eu tropeço e sangro, eu acabo por me curar de alguma forma. Eu sou um sobrevivente!
As coisas que não vingaram, a vontade de ir embora, de ir adiante. De ir, a qualquer lugar.
Feche os olhos, imagine que tudo o que você quer pode ser possível. Nesse momento tudo o que você imagina acontece, independente do livre arbítrio das pessoas, de suas vontades, de seus medos e frustrações. Só você tem livre arbítrio agora! Não seria cansativo, banal, inútil?
Nada mais importa quando você percebe que o silêncio é mais amedrontante que o próprio caus em si. Você é barco e não cais. Você vai pra onde o vento leva e não pra onde sempre esteve. Mesmo que não queira você vai adiante.
Sangrei por horas trancado na imensidão de ditos meus, e não morri. Eu me levantei, acendi mais um cigarro e fiquei observando o tempo se abrir lá fora.
Fez um lindo dia hoje, mas eu não saí pra ver sol. É que, fazia muito barulho aqui dentro.
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
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