Chuva de meteoros em tarde ensolarada. O fogo que cai do céu rasga minha pele implorando pela resistência do meu ser. Eu só queria mesmo desistir.
Andei por aí um pouco cansado, buscando nas incertezas algum tipo de sustento. Ando cambaleante e caio, me coloco a pensar.
São teus os pensamentos mais furtivos do meu âmago? Ou sou eu o âmago do teu ser? E estou um pouco cansado. Talvez seja só uma confusão.
Esperei ansioso o entardecer, me senti à beira do precipício e o olhei feito paisagem, o olhei nos olhos feito primeiro amor. Eu desejo que me engolisse, fiz canto, prosa e verso. E depois parti.
Não havia muito o que falar depois do meu próprio silêncio, pois as palavras não faltavam mas eram balbuciadas como as que falam cansadas. Fala sonâmbula. Fala sem sentido.
Eu tropecei e parti. Me parti ao meio, como que alvo certo da chuva de meteoros. Tarde ensolarada. Dia banal.
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