Vinha sendo sincero consigo mesmo. Estava em paz com consigo e com aquela que o habitava. Eram dias de luz.
Caminhou pelos seus próprios sentimentos e sabia. Só queria a intensidade de ser quem era.
Sabia que tudo o que viveu era necessário, inclusive a dor que o atravessou o peito outra noite dessas. Mas sabia que não era tudo.
Se olhou no espelho de manhã e sorriu. O menino do sorriso maldito havia voltado, caminhar de lado como quem carrega as dores do mundo e o sorriso de criança. Mesmo assim, ele estava feliz.
Saber quem era e onde pisava era importante, mas ele ainda era o mesmo de sempre. Apaixonado por dizeres, trejeitos. Coxas e sonhos, coisas de mulher. Ele jamais saberia conter.
Naquele momento parecia que o mundo notava sua existência. Eram amores de tantas estações lhe dando bom dia. Era tão fluente a sua presença. Elas estavam tão presentes, a maioria daquelas que ele um dia amou. E pela primeira vez ele pensou em olhar para trás.
Eram tão sábios os amores de outra estação.
Ele só seguiu em frente.
Talvez nem saiba onde quer chegar. Ele cuidou do próprio coração. Acordou mais cedo e fez surpresa aos seus amores fraternos. Abraçou os amigos e quis ser paz para eles.
O menino tinha outras prioridades. Mas queria ser feliz também nos braços de um amor.
Naquela manhã ele abraçou o mundo. Mas dormiu sonhando com um amor que pudesse vir o abraçar.
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